Propriedades dos elementos no vestibular: resolvendo questões da Tabela Periódica

A tabela periódica é uma das ferramentas mais importantes para quem estuda química. Ela ajuda a entender como os elementos químicos se comportam, como reagem e formam compostos. Para os vestibulares, como o ENEM, Fuvest e Unicamp, ela é super importante, porque as questões sobre as propriedades dos elementos aparecem bastante.

Aqui, vamos aprender como entender a tabela periódica de forma simples e usar isso para resolver as questões de química mais rápido e com mais segurança. Vamos entender o que são as propriedades dos elementos e como isso pode te ajudar na hora de fazer as provas.

As propriedades dos elementos como raio atômico, eletronegatividade, afinidade eletrônica e energia de ionização são frequentemente cobradas em exames como ENEM, Fuvest, Unicamp e outros vestibulares, especialmente para medicina e biológicas. Neste artigo, vamos explorar como entender as propriedades dos elementos pode ajudá-lo a resolver questões de maneira rápida e eficiente, aproveitando a lógica da tabela periódica.

1. O que é a Tabela Periódica?

A tabela periódica organiza os elementos químicos com base nas suas propriedades e na estrutura atômica. Ao longo dela, podemos observar como elementos com propriedades semelhantes se agrupam em colunas (grupos) e como a quantidade de camadas de elétrons influencia as propriedades dos elementos conforme você se move de esquerda para direita ou de cima para baixo.

A tabela é dividida em períodos e colunas. Os períodos são as linhas horizontais da tabela e indicam o número de camadas de elétrons presentes nos átomos dos elementos. À medida que você se move de esquerda para a direita em um período, os elementos ganham mais prótons e elétrons, o que altera suas propriedades.

As colunas da tabela, também chamadas de famílias ou grupos, representam elementos que compartilham propriedades químicas semelhantes. Por exemplo, o grupo 1 da tabela, conhecido como metais alcalinos, inclui elementos como lítio (Li), sódio (Na) e potássio (K), que são altamente reativos. Já o grupo 17, ou halogênios, inclui elementos como flúor (F) e cloro (Cl), que têm propriedades similares, como alta eletronegatividade.

Além disso, a tabela é dividida em metais, ametais e gases nobres:

  • Metais são bons condutores de eletricidade e calor, e têm uma tendência a perder elétrons em reações.
  • Ametais, como oxigênio (O) e nitrogênio (N), são geralmente isolantes e tendem a ganhar elétrons.
  • Gases nobres, como hélio (He) e neônio (Ne), são estáveis e não reagem facilmente, pois têm suas camadas de elétrons completas.

Dentro dessa organização, a tabela é também dividida em elementos representativos e elementos de transição. Os elementos representativos, que ocupam os grupos 1A a 7A (grupos 1, 2, 13, 14, 15, 16 e 17), são os mais cobrados em questões de vestibulares, pois suas propriedades são mais fáceis de identificar e aplicar em diferentes tipos de reações. Já os elementos de transição, que ocupam os grupos 3 ao 12, geralmente aparecem em questões mais específicas e menos frequentes.

Uma dúvida comum entre estudantes é a necessidade de decorar toda a tabela periódica. Não é necessário decorar todos os elementos ou seus números atômicos. Alguns precisam sim, mas com a prática dos exercícios você acaba sabendo em que famílias eles estão. O mais importante é compreender a organização da tabela, as propriedades periódicas e como elas se relacionam. Mesmo sendo uma representação antiga, a tabela periódica foi tão bem construída que continua sendo utilizada até hoje sem grandes modificações.

2. Propriedades dos elementos químicos

As propriedades periódicas são características dos elementos que podem ser observadas e medidas. Elas variam conforme a posição do elemento na tabela, e essas variações ajudam a prever o comportamento químico dos elementos.

Raio atômico

O raio atômico é a distância do núcleo até a camada mais externa de elétrons. À medida que você se move da esquerda para a direita em um período da tabela periódica, o raio atômico diminui. Isso ocorre porque o número de prótons no núcleo aumenta, resultando em uma maior atração pelos elétrons, fazendo com que o tamanho do átomo diminua.

Já ao descer em um grupo, o raio atômico aumenta, pois há mais camadas de elétrons. Embora o número de prótons também aumente, o aumento do número de camadas tende a diminuir a atração do núcleo sobre os elétrons da camada mais externa, ou seja, quem tem maior número de camadas, obviamente terá um raio maior. 

Exemplo: O sódio (Na) tem um raio atômico maior que o magnésio (Mg) porque o sódio tem menos elétrons na última camada, ou seja, estão menos atraídos pelo núcleo e por isso o raio é maior. (você pode pensar que está mais à esquerda da tabela, se preferir decorar…rs).

Potencial de Ionização

A energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro no estado gasoso. Ela aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima na tabela periódica. O flúor é o elemento mais eletronegativo. 

Quando desejamos remover mais de um elétron de um átomo temos que a primeira energia de ionização é sempre a menor, pois é mais fácil remover o elétron mais distante do núcleo.

Quando removemos o primeiro elétron, o átomo fica com mais prótons do que elétrons e isso faz com que ocorra uma contração nuclear (temos mais força positiva no núcleo atraindo menos elétrons). Isso faz com que as energias de ionização seguintes (segunda, terceira, etc.) sejam progressivamente maiores. Quando retiramos todos os elétrons da última camada e desejamos tirar mais um, este próximo estará em uma camada completa e aí a quantidade de energia necessária para retirá-lo será MUITO maior, ocorre aí o que chamamos de salto energético… esta energia de ionização é muito maior do que as anteriores. 

Exemplo: A segunda energia de ionização do magnésio (Mg) é maior que a primeira porque, ao remover o primeiro elétron, ele se torna um íon (Mg⁺), ou seja, tem 12 prótons e 11 elétrons… os elétrons ficam mais atraídos pelo núcleo e ocorre uma contração nuclear.  A remoção do segundo elétron exigirá mais energia e será, portanto, maior do que a primeira. Mas se desejarmos retirar mais um elétron ainda (o terceiro) precisaremos dar MUITO mais energia para fazer esta retirada, pois este elétron se encontra em uma camada mais interna e completa, ocorrendo o que chamamos de salto energético. 

Eletronegatividade

A eletronegatividade é uma das propriedades mais importantes e mais usadas em química. Ela descreve a capacidade de um átomo de atrair elétrons para si. A eletronegatividade está relacionada à força de atração que o átomo exerce sobre os elétrons da ligação, sendo crucial para entender ligações iônicas, ionizações, oxi-reduções e até o comportamento de ácidos e bases.

Exemplo: O flúor (F) é o elemento mais eletronegativo, enquanto os gases nobres possuem eletronegatividade muito baixa devido à sua estabilidade. (Gases nobres praticamente não tem porque eles não querem atrair elétrons, pois já possuem a camada de valência (última camada) completa.)

A eletronegatividade é fundamental para muitas áreas da química, incluindo a química de compostos, a formação de ácidos e bases e até mesmo a compreensão de reações redox.

Raio Iônico: Cátions e Ânions

O raio iônico é o tamanho de um íon, e pode ser diferente do raio atômico. Quando um átomo perde ou ganha elétrons, ele se transforma em um íon. O raio iônico varia dependendo de o íon ser um cátions (íon positivo) ou ânions (íon negativo).

  • Cátions (íon positivo): Quando um átomo perde elétrons, ele se torna um íon positivo (é estranho pensar que quem perde fica positivo, mas pensa que o átomo perde cargas negativas e por isso fica positivo). Quando ocorre a perda dos elétrons o raio fica menor, já que teremos mais cargas positivas (prótons) no núcleo do que cargas negativas (ocorre contração). A perda de elétrons diminui a repulsão entre os elétrons, o que resulta em um raio iônico menor do que o raio atômico do elemento neutro.
  • Ânions (íon negativo): Quando um átomo ganha elétrons, ele se torna um íon negativo (porque ganha cargas negativas). A adição de elétrons aumenta a repulsão entre os elétrons, resultando em um raio iônico maior.

Exemplo: O íon Na⁺ tem um raio iônico menor que o átomo de sódio neutro (Na), enquanto o íon Cl⁻ tem um raio iônico maior do que o átomo de cloro neutro (Cl).

3. Como resolver questões sobre propriedades dos elementos

A chave para resolver questões sobre propriedades dos elementos é entender as tendências da tabela periódica e aplicar esses conceitos para prever o comportamento dos elementos.

Estratégias para resolver questões:

  1. Identifique o tipo de questão: Perguntas podem envolver comparar raios atômicos, eletronegatividade ou energia de ionização entre diferentes elementos.
  2. Use a tabela periódica: A tabela ajuda a identificar rapidamente as tendências. Elementos à esquerda e abaixo terão raios atômicos maiores; elementos à direita e acima terão eletronegatividade maior.
  3. Pratique questões anteriores: A prática ajuda a consolidar a teoria e a agilidade na resolução das questões.

4. Aplicações das propriedades dos elementos

Compreender as propriedades dos elementos tem várias aplicações práticas. Por exemplo, a eletronegatividade afeta a formação de ácidos e bases. Elementos com alta eletronegatividade, como o flúor, formam ácidos fortes, enquanto elementos com baixa eletronegatividade, como os metais, formam compostos menos reativos.

As tendências do raio atômico também são usadas para prever a reatividade de metais e não-metais, o que é fundamental para entender reações químicas.

5. Dicas para estudo e prática

  1. Estude as tendências: Compreenda como as propriedades variam ao longo da tabela. Isso vai facilitar a resolução das questões.
  2. Pratique com questões: Resolva questões anteriores para se familiarizar com os tipos de perguntas e melhorar sua velocidade.
  3. Reveja os conceitos: Faça revisões periódicas para garantir que o conteúdo seja mantido fresco na memória.

Conclusão

Dominar as propriedades dos elementos e entender como elas se relacionam com a organização da tabela periódica é crucial para um bom desempenho nos vestibulares. Ao estudar as tendências e as características dos elementos, você será capaz de prever com mais facilidade como eles vão se comportar em diferentes situações. Pratique constantemente para fixar os conceitos e aplicar a teoria nas questões de química orgânica e reações químicas.Comece agora a revisar as propriedades dos elementos e focar nas tendências da tabela periódica para garantir uma preparação mais eficiente e segura.

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